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Matriz energética tem expansão de 4,5% diante da retomada econômica pós-Covid 19

Resenha Energética Brasileira 2022 traz panorama consolidado do Brasil em 2021, ano pautado por desafios para o setor energético

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O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta segunda-feira (22), a Resenha Energética Brasileira 2022, edição que traz como base o ano de 2021, marcado por diversos desafios para o setor energético: a retomada econômica diante da mitigação dos efeitos sociais da pandemia de covid-19; a escassez hídrica recorde, com os menores valores hidrológicos da série histórica; e períodos de estiagem em regiões produtoras de cana-de-açúcar.

Nesse cenário, a Oferta Interna de Energia (OIE), também chamada de Matriz Energética, teve um avanço de 4,5% em relação a 2020, alcançando 301,5 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep). O índice foi próximo ao crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) nacional, de 4,6%. Diante da escassez hídrica e da oferta menor de produtos da cana, as fontes renováveis observaram um decréscimo de 3,6% na oferta, totalizando 44,7% da OIE. Ainda assim, esse percentual é cerca de quatro vezes a média de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e três vezes o índice médio do mundo. O alto percentual renovável demonstra a resiliência do País mesmo em momentos desafiadores. Outras renováveis, incluindo eólica e solar, apresentaram um aumento de 0,7 ponto percentual na matriz energética nacional.

O aumento da participação de fontes não renováveis na matriz, em decorrência dos desafios superados, representou um acréscimo nas emissões de gases do efeito estufa pelo uso da energia, com o indicador que relaciona as emissões com a OIE alcançando 1,44 tCO2/tep. Esse valor é 33% inferior a OCDE e 37% inferior ao mundo. O resultado foi pautado, principalmente, pelo aumento da oferta do gás natural e do carvão mineral, avançando 18,9% e 21,3%, respectivamente, com especial uso para geração elétrica e no setor industrial.

Na matriz elétrica, a expansão da geração solar continua em destaque, tendo aumentado 55,9% em 2021. Essa é a maior taxa de crescimento entre as renováveis, sendo que a geração distribuída já contribuiu com 53,8% da geração solar total. A geração eólica aumentou 26,7%, com destaque para o Rio Grande do Norte, que se tornou o estado com maior geração eólica do Brasil.

A capacidade instalada de geração nacional aumentou 6,2%, atingindo 190,6 GW em 2021, puxada principalmente pelas fontes renováveis, responsáveis por 89% da expansão.

No setor de combustíveis fósseis, destaca-se a produção de gás natural, com expansão de 4,7%, e o aumento das reservas provadas de petróleo, que expandiram 10,9%, atingindo 13,2 bilhões de barris.

No Consumo Final de Energia (CFE), o aumento de 3,5% demonstra a retomada econômica do País diante da pandemia de Covid-19. O setor de transportes, um dos mais afetados durante o ano de 2020, apresentou poder de reação, crescendo o consumo de energia em 7,3%. O crescimento foi puxado principalmente pelo subsetor de transporte aéreo (+32,6%) e rodoviário (+6,9%).  Outros destaques ficam para o setor comercial, também muito afetado pelas restrições sociais da pandemia, que cresceu 6,6%, e a indústria, que teve avanço de 3,6%. Os setores têxtil, químico, metalurgias (ferro-gusa, aço e não ferrosos) e cerâmica apresentaram os principais aumentos.

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