A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que está em tratativa com o governo da China para a retomada das exportações de carne bovina ao país asiático. A suspensão ocorreu após o registro de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como ‘vaca louca’, em Mato Grosso e em Minas Gerais.
Além da dificuldade com o idioma e fuso horários, a ministra explicou que há uma série de documentações que foram exigidas pela China. “Nós mandamos agora o último pedido de informações que foi feito, deve ter ido ontem para a China, lá e embaixada brasileira deve entregar isso hoje, ou amanhã e ai a gente vai ver se atendemos todas as perguntas e indagações que o Ministério vem fazendo a respeito dos dois animais que tiveram ao diagnóstico de EEB confirmados”, disse em coletiva de imprensa no lançamento da safra 21/22 em Sorriso nesta quinta-feira (28.10).
Tereza Cristina assegura que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que os dois casos de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o mal da vaca louca, detectados em frigoríficos de Minas Gerais e de Mato Grosso, não representam risco para a cadeia de produção bovina. “Agora é aguardar esse momento e eu espero que a gente tenha uma resposta positiva em breve”.
Prejuízos para Mato Grosso
Segundo o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), o prejuízo à indústria pecuaristas do estado pode ser de de US$ 4,4 milhões por dia, cerca de R$ 25 milhões na cotação atual.
Um levantamento realizado pelo Imac aponta uma queda na atratividade das exportações de carne bovina para a China em 2021. Em 2020, o índice de atratividade era, em média, 123,1 e em 2021, a média de janeiro a setembro, o índice caiu parágrafo 94,3. Este indicador apresenta muitas arrobas podem ser compradas com a venda de uma tonelada de carne exportada.