A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (10) a conclusão da perfuração do poço exploratório de petróleo pioneiro do bloco ES-M-669, no pré-sal da Bacia do Espírito Santo.
Segundo a companhia, o projeto bateu uma série de recordes, entre os quais o de poço mais profundo já perfurado da história do Brasil, com cerca de 7,7 mil metros, além da maior camada de sal, com 4,8 mil metros. A perfuração ocorreu a 145 quilômetros da costa.
“O uso intensivo de tecnologia e a atuação eficiente das equipes envolvidas também permitiram que diminuíssemos em aproximadamente 50% o tempo de perfuração do poço, em comparação com a média histórica para projetos dessa natureza e complexidade, o que representa também uma redução de custos significativa”, afirmou o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen.
De acordo com a estatal, ao contrário de um poço produtor de petróleo, um poço exploratório tem como objetivo a obtenção de informações a respeito das características das rochas perfuradas, sua geologia e a presença de reservatórios com petróleo ou gás.
“A perfuração do poço pioneiro Monai obteve todas as informações geológicas esperadas para a avaliação adequada da área”, informou a empresa. “As informações geológicas obtidas em áreas de fronteira exploratória, como é o caso do Monai, subsidiam também o aprimoramento dos estudos e modelagens para outras áreas e bacias, incorporando um importante conhecimento estratégico para a companhia.”
O poço foi perfurado em um local com lâmina d’água (distância entre a superfície da água e o fundo do mar) de 2,3 mil metros. Para ter uma ideia, a profundidade total do poço, de 7,7 mil metros, equivale a quase uma vez e meia a altura do Monte Kilimanjaro, montanha mais alta da África.
Até então, o recorde de profundidade havia sido atingido pelo poço conhecido como Parati (7,6 mil metros). Ele foi um dos primeiros explorados depois da descoberta do pré-sal no Brasil, perfurado em 2005, na Bacia de Santos.