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Tite mais um vez demonstra sua dependência por Neymar

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Com a seleção brasileira já classificada para a Copa do Mundo, os jogos restantes nas Eliminatórias passaram a ser encarados como treinos de luxo na preparação para o Mundial do Catar e oportunidades valiosas de observar jogadores que ainda não estão consolidados no grupo do técnico Tite.

Na primeira partida do Brasil em 2022, porém, tais avaliações ficaram comprometidas pelo roteiro caótico do duelo contra o Equador, em Quito, que terminou empatado em 1 a 1.

Com meia hora de jogo – no cronômetro, mas com bem menos tempo de bola rolando – dois dos jogadores “testados” já deixavam o campo: Emerson Royal, expulso, e Philippe Coutinho, substituído.

O jovem do Tottenham, de 23 anos, tinha chance de ouro na ausência de Danilo, que neste ciclo de Copa vem monopolizando a lateral direita. No entanto, não só a desperdiçou, levando dois cartões amarelos de maneira ingênua, como também prejudicou a Seleção e outros atletas que poderiam mostrar serviço.

Coutinho foi o principal deles. A ponto de Tite colocar as mãos no peito e pedir desculpas antes de dar um forte abraço no meia ao substituí-lo por Daniel Alves. O camisa 11 fazia partida correta em seu retorno à Seleção após 471 dias, tendo dado o cruzamento que originou o gol de Casemiro, aos seis minutos.

Em entrevista depois da partida, o treinador justificou a alteração dizendo que as circunstâncias do duelo, na altitude de quase 3 mil metros e com dez jogadores de cada lado, exigiriam demais de Coutinho fisicamente. A opção foi por manter três atacantes, mas com Matheus Cunha recuando mais para ajudar na ligação entre a defesa e o ataque.

O centroavante do Atlético de Madrid até desempenhou esse papel e foi valente, entrando em disputas de corpo com os equatorianos e apanhando bastante. Mesmo assim, as linhas ficaram distantes, e o Brasil teve dificuldades para reter a bola.

Se faltou controle, sobraram raça e aplicação, virtudes personificadas na dupla Casemiro e Fred, que se desdobraram para fechar espaços. Apesar da vaga na Copa já garantida, o Brasil mostrou-se aguerrido do começo ao fim diante de um adversário de grande imposição física e que, não por acaso, é o terceiro colocado das Eliminatórias, com um pé no Mundial do Catar.

Para além do cartão vermelho a Émerson, a arbitragem teve papel decisivo para dar ares insanos à partida e atrapalhar avaliações mais conclusivas. Salvo pelo VAR em quatro lances capitais, o árbitro Wilmar Roldán picou demais a partida e enervou atletas dos dois lados. Considerando somente as consultas do juiz ao monitor, o duelo ficou parado por mais de 27 minutos, segundo levantamento do Espião Estatístico, do ge.

Enquanto a bola rolou, foi possível ver um Brasil que novamente teve dificuldades na marcação de jogadas aéreas – e isso não apenas no lance do gol de empate, aos 29 do segundo tempo. Logo no primeiro minuto da partida, Enner Valencia teve liberdade para cabecear às costas dos defensores brasileiros. O mesmo se repetiu aos 41, em lance que a arbitragem anotou impedimento.

Já na frente, Tite mexeu na equipe e optou por pontas com os “pés invertidos”, buscando o centro do campo em vez da linha de fundo. O destro Gabriel Jesus entrou na ponta esquerda, enquanto Antony, canhoto, foi escalado pelo lado direito.

Entretanto, a conclusão das jogadas também foi problemática. Tanto Jesus quanto Vini Júnior perderam boas oportunidades de matar o jogo no segundo tempo.

O jogador do Real Madrid cumpriu papel tático, ajudando bastante na recomposição defensiva, mas em dez atuações com a amarelinha segue sem render ofensivamente tal qual no clube e ainda persegue o seu primeiro gol.

Companheiro dele na Espanha, o zagueiro Éder Militão foi outro a ganhar chance, ocupando o lugar de Marquinhos, e alternou bons e maus momentos, com desarmes precisos e arrancadas surpreendentes, mas também escolhas e ações equivocadas.

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Militão pode ser substituído por Gabriel Magalhães na partida de terça-feira, contra o Paraguai, no Mineirão. A tendência é que Tite aproveite para fazer mais observações, realizando de três a quatro mexidas na equipe. A torcida é para que os testes em Belo Horizonte sejam mais produtivos do que em Quito.

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