Da Redação
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (21), o youtuber e empresário Kleber Rodrigues de Moraes por integrar uma associação criminosa interestadual que praticava jogo de azar e lavagem de dinheiro. Outras três pessoas foram presas durante a Operação Huracán, da DRF/Corpatri (Divisão de Repressão a Roubos e Furtos, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais). Os mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos em Águas Claras, no Guará e em Samambaia.
Segundo a investigação da Corpatri, o grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas e fazia a lavagem do dinheiro por empresas de fachada e testas de ferro. O esquema, de acordo com a polícia, “era altamente lucrativo e apurou-se que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos.”
Na operação desta madrugada, foram apreendidos o celular e documentos relacionados ao esquema de jogo de azar, informou o delegado Fernando Cocito, diretor da DRF. A esposa e a mãe do youtuber também estavam na mansão.
As investigações revelaram que o grupo era liderado por Kleber Moraes, conhecido como Klebim e que tem quase 4 milhões seguidores: são 1,4 milhão na página pessoal do Instagram, 1,3 milhão na página da empresa EstiboDub e 1,27 milhão no canal da empresa no YouTube. Pelas redes sociais, ele promovia rifa de veículos de forma proibida. Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais e as rifas eram anunciadas no sítio eletrônico dfrifas.com.br.
“O dinheiro das rifas ilegais era lavado em empresas de fachada e depois utilizado na aquisição de veículos e propriedades de alto luxo. O ajuste criminoso era estável e capitaneado por ‘influenciadores digitais’, que arrastavam milhares de seguidores com o falso discurso de legalidade das rifas de veículos”, detalha Fernando Cocito, diretor da DRF.
Com autorização judicial, foram apreendidos veículos de luxo, entre eles um Lamborghini Huracán e uma Ferrari 458 Spider, avaliados, cada um, em R$ 3 milhões. Também foi sequestrada uma mansão no Park Way e determinado o sequestro de R$ 10 milhões das contas dos investigados.
Com informações de Metrópoles