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Com participação de 15% no mercado de biocombustível, produção de etanol de milho chega a 4,5 bilhões de litros

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Da Redação

A União Nacional de Etanol de Milho (Unem) atualizou a perspectiva de produção de etanol de milho na safra 2022/2023 para 4,5 bilhões de litros, incremento de 31% em comparação com a safra anterior e de 7% com relação à última expectativa de produção, até então de 4,2 bilhões de litros. A safra 2021/2022, que se encerrou em abril, totalizou com a produção de 3,43 bilhões de litros de etanol. O volume de milho processado pelas usinas também deverá aumentar de 7,98 milhões de toneladas para 10,38 milhões de toneladas, alta de 30%.

Com a revisão das projeções, o etanol de milho deverá ampliar sua participação na produção total do biocombustível, passando de 12,5% para 15%. Na safra 2021/2022, o Brasil produziu 27,53 bilhões de litros de etanol, somando o biocombustível à base de cana-de-açúcar e o de milho. Para a próxima temporada, a estimativa de produção é de 30 bilhões de litros. Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, o setor de etanol de milho está em processo de expansão e o reflexo pode ser observado na oferta de produtos e participação no mercado. “O etanol de milho se consolidou como uma alternativa para a verticalização da produção de milho, agregação de valor e, desde a última safra, como um importante equalizador no mercado de combustível. Com a quebra na safra de cana-de-açúcar, o etanol de milho diminuiu o impacto da menor oferta e está viabilizando a produção ao longo de todo o ano”, explica Nolasco.

Desde o ano passado, usinas que já atuam no mercado vêm anunciando expansão de suas unidades. Em setembro de 2021, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) autorizou o aumento da produção de etanol da unidade de Sinop de 1,7 milhão de litros para 3 milhões de litros/dia, passando a produzir 1 bilhão de litros/ano. Em Sorriso, uma indústria teve sua capacidade ampliada para 880 milhões de litros/ano.

Fora isso, pelo menos duas novas unidades deverão entrar em operação em 2022, sendo uma delas em Dourados (MS), com capacidade inicial de produzir 1,3 milhão de litros/dia a partir de maio e previsão de dobrar a produção na segunda fase, em agosto deste ano. Mais uma unidade deve iniciar a operação no final de 2022 e outras usinas vão expandir a capacidade produtiva. Para 2023, Mato Grosso do Sul inaugura sua segunda unidade, se consolidando segundo maior polo produtivo do país, posto atualmente ocupado por Goiás.

“Este movimento dentro da cadeia do etanol de milho deve ser contínuo pelas próximas cinco safras. É o resultado da consolidação do setor no mercado nacional de biocombustível, apoiado em políticas públicas que visam diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e fortalecer uma matriz energética mais limpa e de fonte renovável”, afirma Nolasco.

Coprodutos – De acordo com o levantamento do Imea, a produção de farelos de milho, utilizados como insumo para ração de animais, tanto pets quanto suínos, peixes e aves, e na intensificação da pecuária de corte, deverá atingir 2,53 milhões de toneladas, alta de 36% frente à produção da safra 2021/2022, quando foram produzidas 1,85 milhão de toneladas. A produção de óleo de milho também será ampliada, passando de 114,9 mil toneladas para 164,7 mil toneladas, alta de 43%.

“Os coprodutos do etanol de milho são fundamentais dentro da cadeia produtiva, pois além de elevar a eficiência industrial, se tornaram indispensáveis para o adensamento das cadeias produtivas, ofertando ao setor de proteína animal um produto de alta qualidade, disponível ao longo de todo o ano e que está trazendo mais previsibilidade e poder de negociação aos produtores de carnes”.

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