Da Redação
A Prefeitura de São Paulo pagou R$ 100 mil pelo show da cantora Daniela Mercury em manifestação pró-Lula no último domingo (1º), na praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo. O extrato do contrato foi publicado em edição desta terça-feira (3), do Diário Oficial do Município. O ato, convocado por seis centrais sindicais para celebrar o Dia do Trabalhador, contou com a participação do ex-presidente Lula (PT) e teve tom crítico ao atual governo de Jair Bolsonaro (PL).
A cerca de três quilômetros dali, na Avenida Paulista, apoiadores de Bolsonaro foram às ruas em defesa da liberdade de expressão, uma espécie de desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques às instituições e aos ministros da Corte.
Durante seu pronunciamento, Lula subiu aos palcos e ressaltou que não pode falar da eleição, o que poderia ser interpretado como ato antecipado de campanha e punido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em sua apresentação, Daniela Mercury, porém, ergueu uma bandeira vermelha com uma foto do petista e pediu votos para Lula, violando regras do TSE. Segundo a Lei Eleitoral, “é proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral”, assim como é vedado o pedido de votos explícito antes de 6 de agosto.