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Battisti fala em “cinismo político de Lula” e diz que ele “é capaz de tudo para colocar de novo a faixa de presidente”

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Da Redação

Detido na prisão calabresa de Corigliano Rossano, Cesare Battisti criticou Lula, em entrevista à Folha de S. Paulo. O ex-terrorista, que passou mais de uma década no Brasil graças ao empenho do ex-presidente e do PT para lhe dar abrigo, reconheceu o esforço dos petistas, mas ficou incomodado após o pedido de desculpas de Lula, em rede nacional na Itália, no ano passado, por tê-lo mantido em solo brasileiro.

Ao falar sobre o ex-presidente, Battisti disse que ele é capaz de tudo para voltar à Presidência da República e mencionou seu “cinismo político”.

“Todos sabemos que Lula é capaz de tudo para colocar de novo a faixa de presidente. O animal político que nunca se contradiz. Aconteceu também comigo de admirar seu cinismo político e o extraordinário jogo de cintura”, afirmou Battisti.

“Se Lula e o PT não tivessem comido tudo, se não tivessem feito acordo com todo o lixo do centrão, o povo brasileiro não teria desistido para correr atrás de Bolsonaro.”

Battisti diz ver hipocrisia na proteção recebida durante os anos Lula e Dilma Rousseff.

“Fui recebido não porque fosse declarado inocente, mas exatamente para deixar ser exibido como troféu de guerrilheiro às forças de esquerda do Brasil. Para eles, não interessava um inocente perseguido, mas o combatente da liberdade. Lula e seu partido me apoiaram por isso. De toda forma, não se dá refúgio apenas aos inocentes”, admitiu.

O italiano foi defendido no processo de extradição por Luís Roberto Barroso, antes da entrada do advogado no Supremo Tribunal Federal (STF). Lula negou enviar Battisti à Itália em 2010, usando prerrogativa presidencial, em seus últimos atos na Presidência da República.

Battisti deixou o Brasil há três anos e meio. Depois de perder a proteção do governo do PT, o terrorista decidiu fugir do país para escapar da extradição à Itália, prometida por Bolsonaro na campanha de 2018. O italiano acabou capturado na Bolívia em janeiro de 2019 pela polícia do país.

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