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Hospital Pronto Socorro de Várzea Grande realiza seu primeiro transplante de órgãos

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O Hospital Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (HPSMVG), pela primeira vez em sua história de 33 anos de efetivo funcionamento, realizou uma cirurgia que transplantou rins, fígado, córneas e sistema circulatório.

A primeira cirurgia de captação de órgãos realizada no HPSMVG aconteceu na última sexta-feira (5), graças a generosidade da mãe do menor de 8 anos, Edson Rodrigues de Miranda, após sua morte encefálica. Ele estava internado desde o dia 24 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da unidade. Foram doados o fígado, dois rins, córneas, veias e artérias, que irão beneficiar, ao todo, cinco pessoas.

O procedimento foi coordenado por um médico que veio de Minas Gerais e contou ainda com dois médicos residentes, dois anestesistas, enfermeiros e instrumentadores. A cirurgia durou cerca de 3 horas e parte dos órgãos foram prontamente transportados para o aeroporto Marechal Rondon por um carro da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que providenciou todo o processo por meio da Central de Regulação e em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O transporte dos órgãos do hospital até o aeroporto contou ainda com a participação da Guarda Municipal e durou poucos minutos.

“O tempo é essencial nestes casos e como temos um país de dimensões continentais, todos os esforços foram no sentido de prontamente executar a captação dos órgãos doados e sua transferência para os Estados receptores”, disse o secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros.

O médico residente em cirurgia geral, Silas Augusto Batista, que participou da cirurgia, descreveu como foi participar deste momento. “Eu tive dois sentimentos. Tive o sentimento de pai, a preocupação de família, o sentimento por ser uma criança. A gente não deixa de ser humano. Nesse sentido, ficam as minhas condolências à família. Como médico, foi gratificante. Então fica esse sentimento duplo, que a gente não consegue nem expressar. Foi uma honra participar dessa equipe nesse procedimento. Apesar de ser fatídico para o Edson, outras crianças e pessoas vão ter uma esperança de vida”, relata.

Gesto de amor

Com a confirmação da morte encefálica de Edson alguns dias após sua internação, a mãe do garoto, a catadora de material reciclável, Adriana Rodrigues de Miranda, tomou a decisão de doar os órgãos do filho. “O Edson era uma criança autista e como ele me deu muito amor e eu dei muito amor pra ele também durante esses anos todos, ele me ensinou que o amor era grandioso demais, o amor de autista é muito grandioso. E como Deus, levou ele, eu quis transformar essa perda em mais amor pelo próximo, que é salvar outras vidas. Eu sei que não vai tirar a minha dor, mas vai representar ele, que a criança autista representa muito amor. Então, esse ato é um ato de amor ao próximo”, disse.

De acordo com Adriana, o que a motivou a doar os órgãos do filho e também a ser doadora foram campanhas publicitárias e reportagens que ela via na televisão. Partiu dela a iniciativa da doação, destacando que deseja uma vida nova às famílias que serão beneficiadas com os transplantes. “Desejo que as famílias que vão receber os órgãos tenham vida nova, vida feliz igual o Edson tinha. O Edson era uma criança muito feliz, gostava muito de cantar, de dançar e de nadar”, relata.

 

 

Transplante em hospital de VG

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