Da Redação
O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva e outras dez pessoas por participação em esquema de corrupção instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), investigados na Operação Hypnos, deflagrada no início do mês pela Polícia Civil. O grupo é suspeito de desviar mais de R$ 3,2 milhões dos cofres públicos.
A denúncia foi feita na última sexta-feira (24) e assinada pelo promotor Carlos Roberto Zarour Cesa. Além de Célio, também foram denunciados seu cunhado, João Batista de Deus Júnior; Eduardo Pereira Vasconcelos; Maurício Miranda de Mello; Mônica Cristina Miranda dos Santos; João Bosco da Silva; Gilmar Fortunato; Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva; Raquell Proneça Arantes; Jussiane Beatriz Perotto e João Victor Silva.
Para o MPE, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá pagou, de forma ilegal, mais de R$ 2,7 milhões à Remocenter por meio de compra de medicamentos.
“Destaca-se ainda que a CGE-MT concluiu que a aquisição dos medicamentos ocorreu de forma direta e o pagamento foi realizado em caráter idenizatório, portanto, desprovido de processo licitatório e sem formalização da contratação”, diz trecho do documento.
“As diligências revelaram a existência e o efetivo funcionamento de uma associação criminosa instalada no âmbito da Saúde do município […] mediante falsas aquisições de medicamentos superfaturados e sem devida comprovação de recebimento de mercadoria”, apontou o MPE.
O órgão pediu a condenação dos acusados por diversos crimes, entre eles, associação criminosa, peculato majorado, contratação direta indevida, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
“O Ministério Público de Mato Grosso oferece denúncia e requer a condenação dos denunciados nos termos da ação penal em epígrafe, com a consequente aplicação de pena suficiente e necessária à prevenção e reprovação dos ilícitos praticados”.