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Sem consultar PGR, Moraes arquiva pedidos para investigar Lula por declaração sobre Moro

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Da Redação

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, arquivou sumariamente duas notícias-crime apresentadas pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) e pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) contra o presidente Lula (PT). As decisões são de terça-feira (28), e foram divulgadas parcialmente na quinta-feira (30).

Os deputados pediram que Lula fosse investigado por dizer que o plano de sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) era uma “armação” do ex-juiz.

Moraes arquivou as notícias-crime sem parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nos dois casos, o ministro determinou o “arquivamento imediato” das ações, “em razão da ausência de indícios mínimos da ocorrência de ilícito penal”.

Um dia depois da deflagração da Operação Sequaz pela Polícia Federal, Lula declarou publicamente que era “visível que é uma armação do Moro”, apesar de admitir que não tinha provas.

Rogério Marinho pediu que o presidente seja incluído no chamado inquérito das fake news, aberto por Moraes em 2019, no qual são investigados o ex-presidente Jair Bolsonaro e uma série de políticos, comentaristas e jornalistas de direita.

“O presidente da República atribuiu os graves crimes às instituições de Estado e à própria vítima, contribuindo, assim, para propagação de desinformação e desacreditando as instituições da República”, escreveram os advogados do senador.

Nikolas, além da declaração sobre a “armação de Moro”, citou uma declaração anterior de Lula, na qual o presidente disse, numa entrevista, que “só vai tá bem quando eu foder esse Moro, eu tô aqui pra me vingar dessa gente”, e pediu investigação de Lula por incitação ao crime.

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