O Partido Novo entrou nesta sexta-feira (10) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da execução de R$ 6,5 bilhões em emendas de comissão do Orçamento deste ano, informou o Estadão. O valor está, na prática, sendo administrado pelo presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é também o relator do Orçamento deste ano. Assim como nas emendas de relator, é impossível saber quem destinou qual verba.
“O uso do Orçamento Secreto, por meio das RP8, escancara a hipocrisia do governo. Lula criticou o orçamento secreto nas eleições e, pasmem, chegou a dizer que era pior que o Mensalão [de 2005], escândalo que ele mesmo protagonizou. E agora, depois de tudo isso, mantém as mesmas práticas. Emendas sem transparência precisam ser extintas”, disse o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.
Em 2023, com Lula (PT) na Presidência, o valor dessas emendas aumentou em 316% em relação a 2022 e foi quase todo direcionado para um único colegiado: a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, presidida por Marcelo Castro.