The news is by your side.

Defesa cita limitação imposta pelo TSE, diz que sistema está sujeito à influência de código malicioso e sugere investigação

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

Da redação

O Ministério da Defesa divulgou nesta quarta (9) seu relatório técnico sobre o sistema eletrônico de votação (SVE) e enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com indicação de graves problemas, a pasta afirmou que não foi possível “afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento” e fez o pedido para que a Corte faça uma investigação séria sobre o assunto.

“Foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”, comunicou o relatório.

Segundo a Defesa, o TSE definiu limites ao acesso dos militares ao sistema eleitoral, o que, segundo eles, dificultou a análise dos códigos-fonte. Foram realizadas somente análises estáticas, sendo impossibilitada a execução dos códigos.

“Foi impossibilitada a execução dos códigos-fonte, fato que teve por consequência a não compreensão da sequência de execução de cada parte do sistema, bem como do funcionamento do sistema como um todo. O acesso ao código se deu pelos computadores do TSE. Cada equipamento tinha uma cópia do código-fonte. O TSE autorizou que os técnicos acessassem a Sala de Inspeção portando somente papel e caneta.”

Não há como ter certeza de que o código-fonte presente nas urnas é exatamente o que foi verificado pelo ministério, segundo a Defesa.

“O acesso ao código em um ambiente com as restrições supracitadas e com insuficientes ferramentas de análise, apesar de ter propiciado algum avanço na transparência do processo, não foi efetiva para atestar o correto funcionamento do sistema. Por isso, é de parecer que somente um teste de funcionalidade em condições normais de uso poderia atestar que o conjunto funciona corretamente.”

A Defesa sugeriu “a criação de uma comissão específica, integrada por técnicos renomados da sociedade e por técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”. E ressalta que “em face da importância do processo eleitoral para a harmonia política e social do Brasil”, a Corte Superior “considere a urgência na apreciação da presente proposição.”

Para o aprimoramento da fiscalização do SEV, a defesa sugeriu que “seja disponibilizado o acesso ao controle de versões na sala de inspeção de código; seja permitido o uo de ferramentas de análises dinâmicas dos códigos-fonte compilados e seja concedido acesso às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros e referenciadas no código-fonte”.

 

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação