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O passaporte da vergonha

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O tenista Sebastian Korda está na Austrália, está vacinado e está com Covid. O tenista Nikoloz Basilashivili está na Austrália, está vacinado e teve que abandonar uma partida por falta de ar, após atendimento de emergência dentro da quadra.

Já o número um do mundo, Novak Djokovic, foi jogado pelas autoridades australianas num labirinto de subcidadania por não ter o “passaporte vacinal” – mesmo atestando sua saúde perfeita e imunidade em dia.

Após uma série de constrangimentos e humilhações com pretexto de uma ciência que ninguém enxerga, Djokovic voltou a ter o seu visto restabelecido para disputar o Aberto da Austrália – torneio que tem tudo para se transformar no maior outdoor da hipocrisia mundial.

Essa guerra vai longe. Por enquanto, parece que os que apoiam a segregação do maior tenista do mundo em nome de um falso bloqueio sanitário, realizado através de um “esquema vacinal” que não impede o contágio, estão admitindo que o passaporte da vergonha não é para barrar vírus. É para barrar gente. A Covid de Sebastian Korda não teve um décimo da atenção da não-vacina de Novak Djokovic.

A preocupação não era saúde? A multidão que gritou contra os supostos riscos impostos à coletividade por Djokovic, que está plenamente saudável, não pareceu sobressaltada com a doença de Korda.

E vamos abrir um parêntese: atualmente na Austrália ser expulso pode ser uma opção humanamente bastante vantajosa, diante dos campos de confinamento de Covid nos quais um presidiário talvez se sentisse aviltado (procurem os vídeos chocantes).Voltando a Nikoloz Basilashivili. O que houve com ele?

Aos australianos e não australianos que se mostram tão preocupados com a saúde: quantas vezes o Aberto da Austrália teve um tenista abandonando a quadra por não conseguir respirar? Haverá uma investigação clínica meticulosa? Ou a conduta será a mesma diante das centenas de atletas que tiveram colapso ou mal súbito em 2021: tudo normal, é assim mesmo, segue o jogo?

As vacinas de Covid podem provocar impactos no sistema cardiovascular – não porque se queira especular contra elas, mas porque essa causalidade já foi constatada.

O que não se tem ainda é a dimensão do risco – ou seja, qual a probabilidade de cada vacinado ter que tipo de efeito adverso, já que essas vacinas ainda não têm o seu desenvolvimento completo e os estudos concluídos. Por que as incertezas sobre segurança e eficácia das vacinas não podem ser afirmadas?

A se manter esse tabu, teremos que dar razão a Kelly Slater, o maior surfista da história, indignado com a perseguição infame ao maior tenista do mundo: a Síndrome de Estocolmo terá de ser rebatizada como Síndrome de Melbourne.

 

Guilherme Fiuza

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