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Militares aprovam pronunciamento de Bolsonaro

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Na terça-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro rompeu o silêncio para afirmar que continuará a respeitar a Constituição Federal de 1988. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou que dará início à transição de governo. O breve pronunciamento do presidente foi bem recebido por militares.

“Quando o presidente agradeceu aos 58 milhões de brasileiros que lhe escolheram, automaticamente reconheceu a legitimidade do pleito”, observou o general da reserva Paulo Chagas. Bolsonaro não mencionou, em nenhum momento do discurso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL), vencedor na disputa pelo Palácio do Planalto.

O general acredita que Bolsonaro agiu corretamente ao condenar a interdição de rodovias por caminhoneiros. “O presidente foi superficial, mas disse o que tinha de dizer”, observou. “Ele qualificou a manifestação como uma manifestação semelhante às convocadas pela esquerda. O recado está dado.”

Ao mesmo tempo, Chagas avalia que o discurso do presidente abre margem para interpretações distintas. “Ele está se colocando sutilmente contra os protestos”, afirmou. “Mas também se posicionou de uma forma política, porque gerou dúvidas nos manifestantes. Esse pessoal está com sangue nos olhos.”

O general alerta para a escalada autoritária dos protestos, visto que eles estão impedindo o fluxo de veículos e provocando desabastecimento nos supermercados. “A manifestação é um direito”, salientou. “Mas você não pode tolher o direito de ir e vir dos brasileiros.”

Segundo Chagas, Bolsonaro não recorrerá aos militares para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Essa história circulou nas redes sociais depois de o presidente ter ficado em silêncio por 30 horas. A tese dizia que, após 72 horas sem pronunciamento, o chefe do Executivo recorreria à GLO. “Ele autorizará a GLO para acabar com a grave?”, perguntou o general. “O pessoal está querendo intervenção militar em cima de quem está pedindo intervenção?”

O militar da reserva considera “improvável” a possibilidade de o relatório das Forças Armadas apresentar deficiências nas urnas eletrônicas. “A minha avaliação, diante desse silêncio, é que não houve nada”, observou. “Se tivesse alguma coisa, todos estariam botando a boca no trombone. Ainda teríamos dois meses para demonstrar que houve fraude e para solicitar novas eleições.”

Para Chagas, o Partido dos Trabalhadores (PT) teria dificuldades em aparelhar o Exército. “Vi um vídeo do ex-deputado José Genoino dizendo que, no governo do PT, haverá intervenção na promoção de generais e modificação nos currículos dos militares”, revelou. “No momento em que o governo petista tocar nesse assunto, encontrará uma reação significativa. Sem consultar ninguém, digo que essa pauta não irá passar.”

 

Com Revista Oeste

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