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Artista que declarou apoio aos protestos no Irã é condenado à morte

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Revista Oeste

 

O rapper curdo Saman Yasin foi condenado à pena de morte pelas forças de segurança do Irã. A sentença do jovem artista foi proferida nesta sexta-feira (11), depois de ser acusado de “travar guerra contra Deus”, por declarar apoio às manifestações que assolam o país do Oriente Médio.

Além de Saman Yasin, outros jovens foram acusados e estão passíveis de sofrer a mesma sentença que o rapper. Segundo dados da ONU, cerca de 14 mil pessoas, incluindo crianças, foram detidas pelo regime desde que os protestos contra a morte da iraniana Mahsa Amini, 22 anos, começaram a ganhar força no país.

Nas redes sociais, Yasin compartilhou mensagens de apoio aos manifestantes e escreveu músicas de protesto. Assim como ele, quem também segue detido é o músico e rapper Toomaj Salehi, 32 anos. Familiares do artista alegam que ele foi submetido a “tortura severa” na prisão, por publicar vídeos cantando músicas contra as forças de segurança do Irã.

A atriz iraniana Tareneh Alidoosti, mais conhecida por seu papel no longa O Vendedor (2016), ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro, também publicou uma foto nas redes sociais para mostrar apoio aos protestos contra o governo, que começaram no Irã há quase dois meses.

Na foto, a artista aparece sem o hijab, véu obrigatório que cobre a cabeça de mulheres muçulmanas, enquanto ergue uma placa que diz “Mulheres, Vida, Liberdade”, em curdo. O slogan se tornou popular nas manifestações, na maioria lideradas por iranianas.

A voz de Tareneh Alidoosti tem sido utilizada para endossar a força do movimento. No início desta semana, a atriz de 38 anos prometeu permanecer no Irã. Ela também é conhecida como defensora dos direitos das mulheres no país do Oriente Médio.

“Eu sou a única a ficar e não pretendo sair de jeito nenhum”, afirmou, em um post compartilhado no Instagram. “Vou ficar com as famílias dos prisioneiros e dos assassinados e exigir seus direitos. Vou lutar pela minha casa. Pagarei qualquer preço para defender meu direito.”

O que está acontecendo no Irã?

A morte da iraniana Mahsa Amini, 22 anos, gerou uma revolta em parte do país, principalmente nas redes sociais. A jovem morreu no dia 16 de setembro, depois de ser presa pela polícia, porque supostamente não estava usando corretamente o hijab.

Policiais alegaram que Amini sofreu um ataque cardíaco durante a prisão, para que, nas palavras dos agentes, fosse “convencida e educada”. Eles negaram que ela tenha sido agredida.

Milhares de pessoas foram às ruas para manifestar indignação contra a morte de Mahsa Amini. O caso tomou proporções gigantescas. Para milhares de iranianas, Mahsa foi espancada ou de alguma forma maltratada pela polícia. O pai da jovem informou que ela não apresentava problemas de saúde antes da prisão.

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