CHICO CHAMOU DE "BOSTA"
Coronel Dias liga críticas a contrato da CS Mobi a ataque de Chico 2000: “Talvez tenha sido isso que o incomodou”
O vereador Tenente-Coronel Dias (Cidadania) sugeriu que suas críticas ao contrato firmado com a empresa CS Mobi podem ter sido o estopim para o ataque verbal que sofreu recentemente do também vereador Chico 2000, que o teria chamado de “bosta” e o desafiado para uma briga dentro do plenário.
Segundo Coronel Dias, a postura agressiva de Chico, que é aliado do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, pode ter relação direta com sua atuação firme contra irregularidades na contratação da empresa responsável por serviços à Câmara na legislatura anterior. O contrato, segundo ele, foi firmado em meio a um contexto de desequilíbrio financeiro herdado da gestão passada.
“Eu critiquei o contrato feito com a CS Mobi e também o empréstimo que nós revogamos aqui na Casa. Hoje estamos vendo situações difíceis, com contratos firmados anteriormente e sem dinheiro em caixa. Eu acredito que esse tenha sido o principal motivo do comportamento inapropriado do vereador Chico 2000”, afirmou Coronel Dias, sem citar o nome do colega diretamente.
Mesmo com o episódio de confronto, o vereador afirmou que seguirá com seu compromisso de apurar os indícios de favorecimento no processo que levou à contratação da empresa, e que já protocolou o pedido para abertura de uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), focada especificamente na licitação do contrato — e não apenas na execução dele, como foi feito anteriormente. Nesta sexta-feira, o vereador Rafael Ranalli (PL) irá apresentar à imprensa o relatório da comissão que presidiu.
“A CPI anterior avaliou apenas o contrato em si. Mas a população merece saber como essa licitação foi conduzida. Tenho a responsabilidade de olhar para as provas apresentadas e, sim, há indícios de favorecimento. Isso precisa ser investigado com seriedade”, declarou.
Coronel Dias também rebateu críticas recebidas por alguns setores da imprensa e reforçou que sua atuação é guiada pelo interesse público.
“Mesmo que alguns jornais se posicionem contra, vou seguir firme. O patrimônio é do povo. Esse contrato será pago por 30 anos, e é inadmissível que um vereador critique quem quer investigar isso”, disse. “Eu já protocolei a CPI. E, sim, vou dialogar com cada vereador para conseguir as assinaturas necessárias. Não tenho dúvidas de que vamos conseguir”, completou.
O vereador esclareceu ainda que, ao contrário de boatos que circulam nos bastidores da Câmara, os nomes do relator e dos membros da nova CPI ainda não foram definidos.
“Essa escolha é feita no colégio de líderes. Não existe nome definido previamente, como estão tentando espalhar. Isso é invenção”, finalizou.


