Botelho critica decisão do STF sobre número de deputados e diz que MT continuará perdendo representatividade

O deputado estadual Eduardo Botelho (União) criticou duramente a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a redistribuição de vagas na Câmara dos Deputados para as eleições de 2026. Pela determinação, a mudança só valerá a partir de 2030, frustrando a expectativa de aumento imediato no número de representantes de Mato Grosso.

Segundo Botelho, a medida é negativa para o Estado, que teria direito a pelo menos uma vaga a mais na Câmara Federal. “É muito ruim para Mato Grosso. São duas vagas federais que o Estado poderia ganhar, ou pelo menos uma. Com essa decisão, continuamos perdendo representatividade. É ruim para quem vai disputar, é ruim para o Estado, mas, infelizmente, o Supremo está mandando em tudo”, afirmou.

O parlamentar também criticou a instabilidade das decisões da Corte. “Era determinação do plenário, e agora um ministro dá uma liminar suspendendo tudo. Resumindo: eles mudam toda hora, o Supremo é de acordo com o vento lá”, disparou.

Botelho reconheceu que a decisão impacta estratégias já em andamento, uma vez que partidos e pré-candidatos em Mato Grosso vinham se articulando considerando o aumento de três vagas na Assembleia Legislativa, reflexo da redistribuição federal. “Com certeza muda muita coisa, porque já estavam sendo feitas conversas e cálculos em cima disso. Agora vamos ter que rever e discutir”, disse.

Apesar das críticas, o deputado ressaltou que, no fim das contas, o critério central permanece o mesmo. “A estratégia vai ser a mesma: ser o mais votado e garantir a legenda suficiente para eleger ao menos um por coligação”, concluiu.