Mulay Ismail, o sultão sangrento e garanhão que teve mais de 1.100 filhos
Abdul Násir Mulay Ismail as-Samin ben Sharif foi Sultão de Marrocos entre 1672 e 1727, o período mais longo ocupado por um monarca. Embora haja um livro que narra sua vida, “História do reinado de Mouley Ismaíl”, publicado em 1714 e escrito por Dominique Busnot, há outro volume que também se destaca por mencionar o sultão: o Guinness Book. E não é por seu longo reinado ou por suas conquistas, mas por seu grande número de descendentes: segundo os testemunhos da época, Mulay Ismail teve mais de 1.100 filhos.
Esta não é a única figura impressionante em torno do sultão, pois também se estima que ele tenha executado até 36.000 escravos, tinha um exército de 150.000 soldados e uma guarda de elite de 16.000 combatentes. Ele foi apelidado de “The Bloody One”, porque ele entrou para a história pelas pessoas que ele trouxe ao mundo e por aqueles que ele eliminou. Embora os arquivos da época mostrem que ele foi pai de 888 filhos, há pesquisadores e estudos que elevam esse número para mais de 1.100 filhos.
Depois de assassinar seus adversários no campo de batalha, segundo estudos, o sultão retornou ao palácio, onde se dedicou a procriar com suas 4 esposas e mais de 500 concubinas. Uma história inédita que foi encomendada para documentar, sobretudo, o referido autor: Dominique Busnot visitou Marrocos em várias ocasiões durante o mandato de Ismail, e assegura em suas memórias que o sultão poderia ter tido 1.171 até 1704, data em que o sultão tinha 27 anos.
Por meio de uma investigação da Universidade de Viena, na qual se perguntava, em linhas gerais, se uma única pessoa pode ser capaz de fertilizar tantas vezes, a antropóloga Elisabeth Oberzaucher garantiu que é possível. E não só isso, mas fez uma simulação pelo computador, para saber com que frequência o sultão teria tido relações sexuais para ter tantos filhos.
Os resultados do estudo sugerem que Ismaill teve que fazer sexo entre 0,83 e 1,43 vezes por dia, durante 32 anos, para ser pai de 1.171 filhos. Com isso, os especialistas apontam que nem todas as suas concubinas teriam sido necessárias para isso, mas que esses números podem ser alcançados entre 65 e 110 mulheres.